Fabiano
Brum
Imagine
um músico profissional, um guitarrista, um violonista ou um pianista, tocando
uma bela canção, com maestria, virtuosismo e sensibilidade. Sua técnica apurada
e a leveza com que executa a melodia, chega a nos fazer pensar que é simples
tocar aquelas notas tão maravilhosas.
Mas,
no fundo sabemos que para tocar de forma tão apurada estes profissionais
tiveram horas e horas de estudo, treinamento e dedicação em cima de seus
instrumentos.
Para
que você professor perceba a real necessidade de um aperfeiçoamento contínuo,
faremos uma analogia com a rotina de preparação de um músico profissional.
Assim
como um educador não nasceu preparado para enfrentar uma sala de aula repleta
de alunos exigentes e de personalidades diferentes, nenhum grande músico,
apesar de todo talento nato, veio ao mundo dando um show de performance em seu
instrumento e se apresentando para grandes platéias.
Os
músicos em sua grande maioria começaram a praticar suas atividades muitas vezes
por obra do acaso; por influência de um amigo que tocava em uma banda de
garagem, por ter uma pessoa na família que tocasse ou gostasse de música, pela
admiração por um ídolo, ou até mesmo por imposição dos pais, estes na ânsia de
arrumar uma atividade sadia que ocupasse o tempo dos filhos.
Acontece
que com o passar do tempo, estas pessoas foram se identificando cada vez mais
com seu instrumento, passando a praticá-lo com afinco. Quando menos perceberam
já haviam adotado a música como profissão.
Mas
ao se classificarem como profissionais, tiveram também que encarar uma rotina
diária de preparação profissional; treinamentos específicos, horas e horas
diárias de repetições, cuidados especiais com postura, alimentação, tempo de
repouso para recuperar energias, etc. Ou seja, a árdua busca pela perfeição,
por uma técnica mais apurada, um timbre com personalidade e uma execução
impecável.
Agora
imagine a sua atividade de professor, seja da escola pública ou privada, e
responda mentalmente as seguintes questões:
1)
Você se considera um educador profissional ou amador?
2)
Esta atividade é o seu principal ganha-pão e necessária para o equilíbrio do
seu orçamento?
3)
Você foi contratado para ser professor?
Se
respondeu “profissional” para a primeira questão e “sim” para as demais, aí vai
o derradeiro questionamento:
-
Você esta se preparando como um profissional?
Poderíamos
afirmar que aquele que se considera um profissional, não pode ter a mesma
rotina de um amador, de uma pessoa que se aperfeiçoa de vez em quando, que
participa de um treinamento de vez em quando, que pesquisa sobre sua atividade
de vez em quando, que lê um livro sobre a sua área de vez em quando.
Se
você é um “profissional” mas tem uma rotina de preparação “amadora”, o máximo
que conseguirá é algum resultado “mediano” e talvez dar um boa aula de vez em
quando!
Pense
nisso!